Quando alguém se vai, acho que não quer ser lembrado só por mensagem, é bom ter memória do encontro”. Tendo essa frase como um de seus motes, o espetáculo converge no convívio de gerações, através da construção de jogo cênico na relação entre avós e netos. Com inspiração no gênero de teatro documental, a dramaturgia entrelaça a ficção com o autobiográfico e, as memórias familiares, entram em cena como estações de rádio que sintonizam em diferentes frequências e se fragmentam com interferências. Suscitando identificação com o público de todas as idades, a peça eterniza as vozes de nossos avós ao despertar lembranças, enquanto cria-se uma nova memória cultural em experiência teatral. “Minha avó quem diz” almeja enfatizar o momento de encontro que é próprio do teatro enquanto reflete questões atemporais do convivial.